segunda-feira, 18 de maio de 2009

"a luz dos olhos teus na luz dos olhos meus"







Os olhos dela só sabiam o dele... E era doce sempre! O via puro, inteiro! Porque ela o enxergava por dentro. Tão fundo... Porque se desprendia dos olhos incrédulos do mundo, que só vão até onde a retina pode alcançar. Os dela não, iam além, eram dele...! Porque ela o olhava feito menina. Porque se desfazia de olhares rasos (a superfície, pura e simples, não cabia no seu olhar). Porque, em horas como essa, deixava de lado o olhar corrompido de adulto, e alcançava a essência... O via com inocência. (Os olhos dela, criança, nos dele...). Porque não julgava, queria cuidar! Porque sempre, e a despeito de tudo, conseguia ver suas flores, e se preciso fosse, (re)moveria seus espinhos, curaria suas dores, e delicadamente, beijaria seus medos, beberia dos seus segredos, e mostraria que ela o entenderia mais do que ele pudesse pensar. Porque o culpava tão pouco. E o queria tão perto. E o amava tão mais...



Pissucita

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